28 de fev. de 2011

Total confiança em Deus deve distinguir os cristãos


Ao presidir a oração do Ângelus deste domingo, o Papa Bento XVI assinalou que o cristão deve distinguir-se sempre por sua total e absoluta confiança em Deus, em sua providência que o guia a uma maior liberdade ante as coisas materiais e o afasta do "medo" do futuro.

O Papa comentou duas passagens da Bíblia que, segundo confessou, o impressionam particularmente. A primeira é a frase de Isaías em que Deus, em palavras do profeta, pergunta: "Acaso pode a mulher esquecer-se do filho pequeno, a ponto de não ter pena do fruto de seu ventre? Se ela se esquecer, eu, porém, não me esquecerei de ti!". E a passagem de São Mateus, na qual Jesus convida "à confiança na Providência do Pai celestial, que alimenta os pássaros do céu, veste os lírios do campo e conhece todas as nossas necessidades".

"Diante da situação de muitas pessoas, próximas ou distantes, que vivem na pobreza, estas palavras de Jesus podem parecer irrealistas, ou melhor, evasivas", reconheceu o Papa.

"Na verdade, o Senhor quer dar a entender claramente que não se pode servir a dois senhores: Deus e a riqueza. Quem crê em Deus, Pai cheio de amor por seus filhos, coloca em primeiro lugar a busca do seu Reino, da sua vontade. É o oposto do fatalismo ou do ingênuo conformismo", afirmou.

Segundo Bento XVI, "a fé na Providência, de fato, não exime da luta por uma vida digna, mas sim liberta da preocupação com as coisas e do medo do amanhã".

Está claro, reconheceu o Papa, que esta verdade é vivida de maneiras diferentes, segundo as diversas vocações: "um frade franciscano pode segui-lo de maneira mais radical, enquanto um pai de família deverá considerar seus deveres para com sua esposa e filhos. Mas em todos os casos, o cristão se distingue pela sua confiança absoluta no Pai celestial, como Jesus".

"Jesus nos demonstrou o que significa viver com os pés firmemente plantados na terra, atentos às situações concretas do próximo, e, ao mesmo tempo, tendo o coração no céu, imerso na misericórdia de Deus", concluiu.

Finalmente animou os presentes a "invocar a Virgem Maria com o título de Mãe da Divina Providencia. A ela confiamos a nossa vida, o caminho da Igreja, os acontecimentos da história. Em particular, invocamos a sua intercessão a fim que todos aprendamos a viver segundo um estilo mais simples e sóbrio, na cotidiana atividade e no respeito para com a criação que Deus confiou aos nossos cuidados".

27 de fev. de 2011

A parábola do semeador


Certa vez Jesus contou uma parábola belíssima que sintetizava a sua grande missão: a parábola do semeador.
Ele simbolizou e classificou o coração humano em vários tipos de solos. 
Ele classificou o coração emocional e intelectual do ser humano pela sua receptividade, desprendimento e disposição para aprender. A memória era solo que deveria receber sementes que, uma vez desenvolvidas, deveriam frutificar.
Frutificar no território da emoção e dos pensamentos. Frutificar amor, paz, segurança, sensibilidade, solidariedade, perdão, mansidão, a capacidade de se doar, habilidade de pensar antes de reagir. 
Ele conquistava o espírito das pessoas, o cerne do ser humano gerando inspiração, desejo ardente de mudança, criatividade e arte de pensar. Ele plantava sementes no solos conscientes e inconscientes da memória de seus seguidores objetivando que elas transformassem suas personalidades ao longo da vida.  
O mestre dos mestres era um plantador de sementes.
Semeiou em quatro tipos de solo.
No primeiro tipo, o solo que representa um caminho, pessoas que não estão abertas para algo novo e, portanto, não estão dispostas a aprender. No segundo tipo, o solo rochoso, Jesus se referiu às pessoas que se enganaram por achar que segui-lo traria uma vida fácil, sem dificuldade alguma. O terceiro tipo, o solo com espinhos, representa as pessoas mais profundas e sensatas, que venceram as dificuldades externas para manter a fé, mas que sucumbiram diante das dificuldades internas, do seu próprio “eu”. Por fim, a boa terra representa as pessoas que compreenderam a palavra de Jesus, refletiram sobre ela e permitiram que ela habitasse no seu ser.
Então, que tenhamos o coração dócil para receber e compreender a palavra de Jesus.
Deixemos que Sua palavra crie raizes e seus frutos tomem todo o nosso ser.


( Adaptação baseada em O mestre inesquecível - Augusto Cury )

26 de fev. de 2011

Por que fazer o sinal da cruz ?

Aceita o sinal da cruz que Deus colocou sobre toda a tua vida. Ele marcou o teu caminho e todas as tuas provas. Sempre que olhas para a cruz com amor, serás tocado por um raio da graça desta plenitude da Redenção. Saúda-lhe com todo o teu amor. Então, este sinal da cruz se fará cada vez mais clara e forte em ti, e serás capaz de irradiar e transmitir as graças da redenção.
O sinal da cruz que os cristãos traçam com frequencia sobre o corpo, é muito mais que um simbolismo. É expressão de um abraço de Deus no ser humano. Esta foi a explicação do Papa Bento XVI aos fiéis reunidos na Praça de São Pedro no Vaticano para a tradicional oração do Ângelus.
Citando o pensamento do teólogo Romano Guardini, o Papa apontou o sentido do gesto. "Fazemos o sinal da cruz antes de rezar para que nos pacifique espiritualmente, para concentrar em Deus pensamentos, coração e vontade; depois de rezar, o repetimos para que aquilo que Deus nos doou permaneça em nós. Ele abraça todo o ser, corpo e alma, e tudo é consagrado em nome de Deus uno e trino".
Bento XVI continuou dizendo que o sinal da cruz e o nome de Deus vivo abrangem o anúncio gerador de fé e inspirador de oração. E assim como Jesus prometeu aos Apóstolos que o Espírito da verdade os conduziria a toda a verdade, na liturgia os sacerdotes concedem, dia após dia, o pão da Palavra e da Eucaristia.

24 de fev. de 2011

A Caridade Perfeita...


"Ah! compreendo agora que a caridade perfeita consiste em suportar os defeitos dos outros, em não se escandalizar com as suas fraquezas, em edificar-se com os mais pequenos atos de virtude que se lhes vir praticar; mas compreendi, sobretudo, que a caridade não deve ficar encerrada no fundo do coração: «Ninguém, disse Jesus, acende uma candeia para a colocar debaixo do alqueire, mas coloca-a sobre o candelabro para alumiar todos os que estão em casa». Creio que essa luz representa a caridade, que deve iluminar e alegrar, não só os que são mais queridos, mas todos aqueles que estão em casa, sem excluir ninguém."

(História de uma Alma - Santa Teresinha do Menino Jesus)

"História de uma Alma" é uma autobiografia de Santa Teresinha do Menino Jesus... Excelente e maravilhoso livro!

23 de fev. de 2011

"Não há reforma da Igreja sem conversão do coração"


Na Audiência Geral desta quarta-feira, o Papa Bento XVI falou sobre São Roberto Belarmino, que com sua vida ensina que não pode haver uma reforma verdadeira da Igreja se antes cada pessoa não se converter de coração a Cristo.

São Roberto Belarmino (1542 e 1621), Cardeal e Arcebispo de Cápua(Itália), era jesuíta e viveu numa época difícil na qual uma grave crise política e religiosa causou a separação de muitas nações da Sé Apostólica, e muito trabalhou em defesa da Igreja. Foi beatificado e canonizado por Pio XI, que o proclamou também Doutor da Igreja em 1931.

"Seu legado estriba na forma em que concebia seu trabalho. As difíceis tarefas de governo não lhe impediram de tender diariamente para a santidade, com a fidelidade às exigências do próprio estado como religioso, sacerdote e bispo. (...) Sua pregação e sua catequese apresentam o caráter essencial que devia à educação jesuíta, que concentra as forças da alma no Senhor Jesus intensamente conhecido, amado e imitado".

Prosseguiu Bento XVI: «Fomos criados para a glória de Deus e para a salvação eterna: este é o nosso fim. Se o alcançarmos, seremos felizes; se dele nos afastamos, seremos infelizes. Por isso, devemos considerar como verdadeiramente bom o que nos conduz ao nosso fim, e como verdadeiramente mau o que dele nos afasta»: assim escreve São Roberto Belarmino, bispo e doutor da Igreja. O Concílio de Trento terminara há pouco, e a Igreja Católica precisava de ver confirmada e consolidada a sua identidade face à Reforma protestante. A ação do nosso Santo insere-se neste contexto, tendo servido fiel e valorosamente a Igreja ao longo dos últimos decênios do século XVI e primeiros do século XVII. Na sua obra “O Gemido da Pomba” – a «pomba» aqui é a Igreja –, chama vigorosamente o clero e os fiéis a uma reforma pessoal e concreta da própria vida. Com grande clareza e com o exemplo da vida, ensina que não pode haver verdadeira reforma da Igreja, se primeiro não houver a nossa reforma pessoal e a conversão do coração.”

Finalmente o Papa precisou que estas "não são palavras que saíram de moda, mas palavras a serem meditadas ainda hoje por nós, para orientar os nossos caminhos sobre esta terra. Recordam-nos que o fim da nossa vida é o Senhor, o Deus que se revelou em Jesus Cristo, no qual Ele continua a chamar-nos e a prometer-nos a comunhão com Ele”.

As palavras do santo jesuíta “recordam-nos a importância de confiar no Senhor, de nos gastarmos em uma vida fiel ao Evangelho, de aceitar e iluminar com a fé e com a oração toda a circunstância e toda a ação da nossa vida, sempre nos esforçando para a união com Ele".

Ao final da Catequese, o Papa dirigiu aos peregrinos de língua portuguesa a seguinte saudação:

Amados peregrinos de língua portuguesa, a todos saúdo cordialmente, desejando que este nosso encontro dê frutos de renovação interior, que consolidem a concórdia nas famílias e comunidades cristãs, a bem da justiça e da paz no mundo. Como penhor de graça e paz divina, para vós e vossos queridos, de bom grado vos concedo a Bênção Apostólica.

21 de fev. de 2011

Carta ao Jovens...


Nesta carta João Paulo II, nos motiva a viver a santidade e não desistir do nosso chamado. Viver bem no mundo, tendo a certeza que aqui tudo passa e passa rápido demais...
Sejamos Santos!

"Precisamos de Santos sem véu ou batina.
Precisamos de Santos de calças jeans e tênis.
Precisamos de Santos que vão ao cinema, ouvem música e passeiam com os amigos.
Precisamos de Santos que coloquem Deus em primeiro lugar, mas que se "lascam" na faculdade.
Precisamos de Santos que tenham tempo todo dia para rezar e que saibam namorar na pureza e castidade,ou que consagrem sua castidade.
Precisamos de Santos modernos, Santos do século XXI com uma espiritualidade inserida em nosso tempo.
Precisamos de Santos comprometidos com os pobres e as necessárias mudanças sociais.
Precisamos de Santos que vivam no mundo, se santifiquem no mundo, que não tenham medo de viver no mundo.
Precisamos de Santos que bebam Coca-Cola e comam hot dog, que usem jeans, que sejam internautas, que escutem discman.
Precisamos de Santos que amem a Eucaristia e que não tenham vergonha de tomar um refri ou comer pizza no fim-de-semana com os amigos.
Precisamos de Santos que gostem de cinema, de teatro, de música, de esporte.
Precisamos de Santos sociáveis, abertos, normais, amigos, alegres, companheiros.
Precisamos de Santos que estejam no mundo; e saibam saborear as coisas puras e boas do mundo mas que não sejam mundanos"

(Papa João Paulo II)

A cerimônia de beatificação do Venerável Servo de Deus João Paulo II será celebrada domingo, 1º de maio, na praça São Pedro, e será presidida por S. S. o Papa Bento XVI.
Tocando o Céu

Que belo e significativo nome desse blog, escolhido para convidar de modo especial os jovens para a reflexão. A correria do nosso dia a dia, facilmente nos pode fazer esquecer do céu. Por isso você jovem que agora visita esse blog, lembre-se sempre de passar por aqui para fazer alguma reflexão sobre o fim ao qual todos fomos chamados: o CÉU. A mensagem que o nome desse blog sugere é que o céu é acessível a todos, e tão acessível que já pode ser tocado, alcançado, saboreado, estando ainda aqui mundo. No Sagrada Escritura encontramos a Escada de Jacó (Gen 28,10) que é para nós Católicos, figura de Nossa Senhora, uma escada que liga a terra ao céu.Esta é a escada pela qual a sabedoria de Deus desceu dos céus até nós. Ela é pois figura de Nossa Senhora que por ser filha de Jacó, tocava a terra, e por ser Mãe de Deus, tocava o céu. Santa Maria, trono da Sabedoria em que Deus repousa e se apóia amorosamente.
Olhe para este jovem no alto desta escada; já vai adiantada sua subida e já quase alcança o céu. Escolha a Santíssima Virgem Maria como o caminho mais seguro e mais rápido para conseguir a santificação. Ser santo, é um convite para todos, religiosos e leigos. Você jovem está recebendo esse convite mais uma vez nesse momento. Não é tão difícil assim. Comece a subir essa escada, procurando um sacerdote que vai te ajudar de degrau em degrau.
Venha nos acompanhar nesse blog feito para você que é jovem e que deseja ir um dia ao céu.
Que Deus o abençoe.

"Sejam Santos amando também os inimigos"


Ao presidir o Ângelus deste domingo, o Papa Bento XVI alentou os fiéis a serem santos como Deus, amando a todos inclusive os inimigos e aqueles que vos perseguem, porque essa é a vontade do Senhor.

"Mas quem poderia chegar a ser perfeito? Nossa perfeição está em viver com humildade como filhos de Deus cumprindo concretamente sua vontade".

O Papa se referiu logo à exortação que faz Jesus no Evangelho de “amar os vossos inimigos” e rezar “por aqueles que vos perseguem" e assinalou que "Quem acolhe o Senhor na sua vida e o ama com todo o coração é capaz de um novo início. Pode cumprir a vontade de Deus: realizar uma nova forma de existência, animada pelo amor e destinada à eternidade".

Na segunda leitura deste domingo, prosseguiu, São Paulo afirma que o homem é templo do Espírito de Deus: "se formos verdadeiramente conscientes desta realidade, então nosso testemunho cristão se torna claro, eloqüente e eficaz.

"Grande coisa é o amor - lemos no livro da Imitação de Cristo -, um bem verdadeiramente inestimável que por si só torna suave o que é difícil e suporta sereno toda a adversidade. O amor tende sempre para as alturas e não se deixa prender pelas coisas inferiores. Procede de Deus e em Deus somente pode descansar".

Em sua saudação em francês o Papa afirmou que "as leituras da liturgia deste domingo nos orientam para a alegria da reconciliação. O Senhor nos convida a fazer atos concretos de perdão: este amor efetivo ao próximo é capaz de mudar a ordem do mundo ao rechaçar sua falsa sabedoria e os ídolos que nos propõe".

"Invoquemos a Virgem Maria, mãe de Deus e da Igreja, a fim de que nos ensine a amarmos uns aos outros e a acolher-nos como irmãos, filhos do mesmo Pai celeste", exortou o Papa ao final do encontro.

20 de fev. de 2011

‘Eu te bendigo, ó Pai, porque revelaste estas verdades aos pequenos.’


«‘Eu te bendigo, ó Pai, porque revelaste estas verdades aos pequenos.’ O louvor de Jesus toma hoje a forma solene de beatificação dos Pastorinhos Francisco e Jacinta. A Igreja quer, com este rito, colocar sobre o candelabro estas duas candeias que Deus acendeu para iluminar a humanidade nas suas horas sombrias e inquietas... Que a mensagem das suas vidas permaneça sempre viva para iluminar o caminho da humanidade».
(Sermão de João Paulo II, em Fátima, na missa da Beatificação)

20 de Fevereiro
Memória dos Bem-Aventurados Francisco e Jacinta Marto.

Francisco Marto nasceu em Aljustrel, Fátima, no dia 11 de Junho de 1908, e sua irmã Jacinta Marto nasceu na mesma localidade, no dia 11 de Março de 1910. Na sua humilde família aprenderam a conhecer e louvar a Deus e a Virgem Maria. Em 1916 viram três vezes um Anjo e em 1917 seis vezes a Santíssima Virgem que os exortavam a rezar e a fazer penitência pela remissão dos pecados, para obter a conversão dos pecadores e a paz para o mundo. Ambos quiseram imediatamente responder com todas as suas forças a estas exortações. Inflamados cada vez mais no amor a Deus e às almas, tinham uma só aspiração: rezar e sofrer de acordo com os pedidos do Anjo e da Virgem Maria. Francisco faleceu no dia 4 de Abril de 1919 e Jacinta no dia 20 de Fevereiro de 1920. O Papa João Paulo II deslocou-se a Fátima no dia 13 de Maio de 2000 para beatificar as duas primeiras crianças não mártires.

Francisco e Jacinta, Pastorinhos de Fátima, queremos aprender convosco o caminho que nos leva a uma vida de verdadeira união com Jesus...

Beatos Franscico e Jacinta... rogai por nós!
 “Dar graças ao Senhor, porque Ele é bom! Eterna é a sua misericórdia!"
(Sl 117). 

Deus sempre realiza em nosso favor grandes obras, e nós precisamos ser gratos a Ele.
Abramos hoje os olhos e o coração para tudo o que Deus tem feito na nossa vida. 
Muitas vezes, ficamos tão presos aos fatos passados e às coisas negativas que não somos capazes de enxergar as maravilhas no momento presente. Mesmo que Deus permita um obstáculo, uma contrariedade ou uma grande decepção, saibamos que é pra tirar dali um bem.
A cada dia que desperta, Deus sempre nos cumula de bênçãos.
Portanto, aproveitemos a graça de hoje.
Não deixe que nada afete seu espírito, sua alma, sua paz!
Envolva-se pela música, ouça, cante e comece a sorrir mais cedo, sobretudo reze com fé.
Ao invés de reclamar quando o relógio despertar, agradeça a Deus pela oportunidade de acordar mais um dia.
O bom humor é contagiante, espalhe-o!  Não se lamente! Cultive seu interior.
Seja transparente e ajude as pessoas a perceberem o que há de bom dentro de si.
Veja o lado positivo das coisas e assim tornará seu otimismo uma realidade.
Não inveje. Admire!
Não acumule fracassos e sim, experiências. Tire proveito dos seus problemas e não se deixe abater por eles.
Tenha fé e energia, acredite! Você é capaz!
Seja grande para os aborrecimentos, pobre para a raiva, forte para vencer o medo e, feliz para permitir momentos felizes.

Tenham todos uma ótima semana !

19 de fev. de 2011

Ser santo é ser humano


Santificar-se é descobrir que o projeto de santidade ocorre com a ajuda do Espírito Santo, que move as diferentes pessoas nos diferentes tempos e faz uma obra maravilhosa.
Move-nos em um movimento de felicidade. Porque ser santo é ser feliz.
A santidade é feita de momentos, do agora, de oportunidades, de encontros.
Não negligencie a felicidade que Deus lhe concede. Felicidade é santidade. E não se trata de uma felicidade passageira, ela compõe um projeto de continuidade, de começos, meios e fins.
  Ser santo é ser gente na plenitude. É ser humano em tudo aquilo que comporta a palavra “humano”.
Jesus faz esse processo de humanização com as pessoas, fazendo-as tomarem posse de si mesmas e, assim, levando-as a se disporem. Ser pessoa não é só completar o que somos e temos de melhor, mas descobrir e cultivar o que temos de melhor para o benefício de outros. Isso é santidade. Santidade é ser melhor e não apenas “o melhor”.
Quer saber como ser santo? Faça bem todas as coisas. Leve Jesus para todos os lugares. Convide-O para estar em todos esses lugares. Santidade não é fuga do mundo, mas transformação deste mundo. É saber que podemos deixar marcas de céu na vida de todos aqueles que estão ao nosso redor. Isso é ser santo. Fazer bem todas as coisas e amar. Este é o segredo da santidade, a verdade de uma humanidade que vive na plenitude. O amor é tudo o que as pessoas procuram.
Não podemos desperdiçar nossa juventude. Devemos vivê-la intensamente, apostando tudo em Jesus e sendo gente, humanos. Sempre com a certeza de que é possível ser santo de calças jeans.

(Baseado no livro "Santos de calça jeans" de Adriano Gonçalves, da Editora Canção Nova)

Nota da CNBB sobre ética e programas de TV


Têm chegado à CNBB diversos pedidos de uma manifestação a respeito do baixo nível moral que se verifica em alguns programas das emissoras de televisão, particularmente naqueles denominados reality rhows, que têm o lucro como seu principal objetivo.

Nós, bispos do Conselho Episcopal Pastoral (CONSEP), reunidos em Brasília, de 15 a 17 de fevereiro de 2011, compreendendo a gravidade do problema e em atenção a esses pedidos, acolhendo o clamor de pessoas, famílias e organizações, vimos nos manifestar a respeito.

Destacamos primeiramente o papel desempenhado pela TV em nosso país e os importantes serviços por ela prestados à sociedade. Nesse sentido, muitos programas têm sido objeto de reconhecimento explícito por parte da Igreja com a concessão do Prêmio Clara de Assis para a Televisão, atribuído anualmente.

Lamentamos, entretanto, que esses serviços, prestados com apurada qualidade técnica e inegável valor cultural e moral, sejam ofuscados por alguns programas, entre os quais os chamados reality shows, que atentam contra a dignidade de pessoa humana, tanto de seus participantes, fascinados por um prêmio em dinheiro ou por fugaz celebridade, quanto do público receptor que é a família brasileira.

Cônscios de nossa missão e responsabilidade evangelizadoras, exortamos a todos no sentido de se buscar um esforço comum pela superação desse mal na sociedade, sempre no respeito à legítima liberdade de expressão, que não assegura a ninguém o direito de agressão impune aos valores morais que sustentam a Sociedade.
Dirigimo-nos, antes de tudo, às emissoras de televisão, sugerindo-lhes uma reflexão mais profunda sobre seu papel e seus limites, na vida social, tendo por parâmetro o sentido da concessão que lhes é dada pelo Estado.

Ao Ministério Público pedimos uma atenção mais acurada no acompanhamento e adequadas providências em relação à programação televisiva, identificando os evidentes malefícios que ela traz em desrespeito aos princípios basilares da Constituição Federal (Art. 1º, II e III).

Aos pais, mães e educadores, atentos a sua responsabilidade na formação moral dos filhos e alunos, sugerimos que busquem através do diálogo formar neles o senso crítico indispensável e capaz de protegê-los contra essa exploração abusiva e imoral.

Por fim, dirigimo-nos também aos anunciantes e agentes publicitários, alertando-os sobre o significado da associação de suas marcas a esse processo de degradação dos valores da sociedade.

Rogamos a Deus, pela intercessão de Nossa Senhora Aparecida, luz e proteção a todos os profissionais e empresários da comunicação, para que, usando esses maravilhosos meios, possamos juntos construir uma sociedade mais justa e humana.

Brasília, 17 de fevereiro de 2011

Dom Geraldo Lyrio Rocha
Arcebispo de Mariana
Presidente da CNBB

Dom Luiz Soares Vieira
Arcebispo de Manaus
Vice-Presidente da CNBB

Dom Dimas Lara Barbosa
Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro
Secretário Geral da CNBB

16 de fev. de 2011

"SANTIDADE É DEIXAR-SE AMAR POR DEUS E ACOLHER SUA LUZ EM NOSSA VIDA"


Na catequese desta quarta-feira, o Papa falou sobre São João da Cruz que nasceu em Fontiveros, perto de Ávila, na Espanha, em 1542, e foi ordenado sacerdote na Ordem Carmelita depois de concluir seus estudos na Universidade de Salamanca. São João da Cruz colaborou com Santa Teresa de Ávila na reforma do Carmelo, que lhe rendeu muito sofrimento, até ser preso. Ele é um dos maiores poetas líricos espanhóis.

Os seus livros como "A subida do Monte Carmelo", "Noite escura", "Cântico Espiritual" e "Chama viva de amor" de grande profundidade mística, nos propõe uma viagem espiritual para alcançar a santidade. Tais obras fornecem uma maneira de purificar a alma para chegar a uma união de amor com Deus através da ação misteriosa do Espírito Santo, mas este processo exige a colaboração dos homens.

Enquanto se preparava para ir para o México, São João da Cruz ficou seriamente doente e morreu, dando um exemplo de serenidade e paciência em meio a sua dor. São João da Cruz foi proclamado Doutor da Igreja pelo Papa Pio XI, em 1926, e cognominado na tradição, Doctor mysticus, "Doutor místico".

Bento XVI frisou em seu discurso que "a santidade é deixar-se amar por Deus e acolher a sua luz em nossa vida". A seguir, o Papa fez um resumo de sua catequese em português, saudou os fiéis lusófonos presentes na audiência e concedeu a todos a sua bênção apostólica.


Queridos irmãos e irmãs,

Há duas semanas apresentei a figura da grande mística espanhola Teresa de Jesus; hoje gostaria de falar de São João da Cruz, reformador junto com ela da Ordem Carmelita. Nasceu em uma família pobre, tendo ficado órfão de pai ainda jovem. Devido às suas qualidades humanas e resultados no estudo, foi admitido no Colégio dos Jesuítas em Medina do Campo. Terminada a sua formação, decidiu fazer-se Carmelita. Após ter sido ordenado sacerdote, conheceu Santa Teresa, a qual lhe expôs o plano reformador para a sua ordem religiosa, que daria origem aos Carmelitas Descalços. Contudo, a sua adesão à reforma, devido a injustiças e incompreensões, causou-lhe muito sofrimento. Por fim, depois de fazer parte do governo geral da família teresiana, morreu em 1591, dizendo aos seus confrades que recitavam o Ofício Matutino: “Hoje vou cantar o Ofício no céu”. Suas principais obras, nas quais apresenta a sua profunda doutrina mística, são: Subida ao Monte Carmelo; Noite Escura; Cântico Espiritual e Chama viva de Amor.

Amados peregrinos de língua portuguesa: a todos saúdo cordialmente e recordo, com São João da Cruz, que a santidade não é privilégio de poucos, mas vocação a qual todo cristão é chamado. Por isso, exorto-vos a entrardes de modo sempre mais decidido no caminho de purificação do coração e da vida, para irdes ao encontro de Cristo. Somente nele jaz a verdadeira felicidade. Ide em paz!

A Verdadeira Alegria...

Caro Jovem eis a Verdadeira Alegria... a de estar em Comunhão com Cristo Nosso Senhor através do Sacramento de Amor!
Há duas espécies de alegria: a que resulta do bem que se conseguiu fazer, isto é, a alegria que emana da prática da virtude, alegria do triunfo e da colheita. É boa, sim, mas não convém procurá-la, visto que, apoiada em nós mesmos, não é bastante sólida e poderíamos encontrar nela toda a nossa recompensa.
Aceitemos, porém, sem receio a alegria que a Comunhão nos proporciona, e que reconhecemos não vir de nós mesmos e sim de Jesus, alegria que nenhuma relação tem com as nossas obras. Podemos nos comprazer nela quando Nosso Senhor nô-la comunicar, porque é inteiramente d’Ele.
Oh! A alegria, fruto da Comunhão, é o mais belo testemunho da presença de Deus na Eucaristia.
A criancinha não possui virtude nem mérito; entretanto, rejubila-se e se sente feliz pelo simples fato de estar ao lado de sua mamãe. Que o motivo de nossa alegria seja também a presença de Nosso Senhor. Não consideremos se a alegria foi merecida por nossas obras; regozijemo-nos de possuir Jesus, permanecendo a seus pés para gozar esta ventura e sentir a sua bondade.

(Flores da Eucaristia - São Pedro Julião Eymard, p. 142)

14 de fev. de 2011

A Confiança no Bom Deus...

"Eu quero ser apenas um pobre frade que reza... Ore, espere e não se preocupe. A preocupação é inútil. Deus é misericordioso e ouvirá sua prece... A oração é a melhor arma que temos, é a chave para o coração de Deus. Você deve falar com Jesus, não só com os lábios, mas com seu coração. De fato, em certas ocasiões você deve falar com Ele só com o coração..."

(São Pio de Pietrelcina)

Vontade amorosa de Deus é caminho para chegar à vida eterna




No Ângelus deste domingo, o Papa Bento XVI explicou que a vontade de Deus é um caminho de sabedoria, para discernir o bem e o mal com liberdade; e assim poder chegar à vida eterna.

Em sua reflexão, o Papa se referiu ao Evangelho de São Mateus, no qual Jesus, com a autoridade que possui por ser Filho de Deus, explica no chamado "Sermão da montanha" a lei divina a partir do que os judeus já conheciam.

"A novidade de Jesus significa, essencialmente, o fato que Ele preenche os mandamentos com o amor de Deus e com a força do Espírito Santo”. Bento XVI afirma que “os fiéis, pela fé em Cristo, podem se abrir à ação do Espírito Santo, que os torna capazes de viver o amor divino".

Por isso, prosseguiu o Papa, "todo preceito se torna verdadeiro como uma exigência do amor, e todos se unem num único mandamento: amar a Deus com todo seu coração e amar o teu próximo como a ti mesmo".

Depois de referir que este mandamento, como diz São Paulo, é a "plenitude da lei e a caridade", o Santo Padre perguntou aos presentes se "uma sociedade mais solidária e fraterna, mais coerente no amor" não teria sido capaz de evitar a tragédia do domingo 6 de fevereiro na que morreram, por causa de um incêndio, quatro meninos romenos em um acampamento cigano localizado perto do aeroporto de Ciampino em Roma.

"Esta pergunta vale tanto para outros fatos dolorosos, mais ou menos conhecidos, que ocorrem cotidianamente em nossas cidades e países".

O Papa indicou logo que "Jesus é o Filho de Deus que desceu do céu para nos levar ao céu, a Deus, à altura de Deus, pelo caminho do amor. Assim, Ele mesmo é este caminho: não devemos fazer outra coisa que segui-lo, para pôr em prática a vontade de Deus e entrar em seu Reino, na vida eterna".

"Somente uma criatura já chegou ao topo da montanha: a Virgem Maria”, destacou.
"Graças à união com Jesus, a sua justiça foi perfeita", concluiu Bento XVI, que convidou os fiéis a seguirem os passos de Maria, para que ela guie seus passos na fidelidade à Lei de Cristo.".

13 de fev. de 2011

Jovem, qual a sua vocação?

" Derrama sobre nós o Teu Espírito. Que Ele nos dê sabedoria para ver o caminho,
E generosidade para seguir Tua voz!  "

Vocação vem do latim "vocare" que quer dizer "chamado".
Vocação é um chamado de Deus para cada indivíduo viver segundo a sua Santa Vontade.
Posso ter uma vocação Sacerdotal, Religiosa, me casar ou ainda ter uma vida consagrada no mundo.
A cada um é dado um dom que vai lhe ajudar a realizar o nosso papel. 
São Paulo, em sua carta aos Coríntios, cita : 
“A cada um é dada à manifestação do Espírito para proveito comum. A um é dada pelo Espírito uma palavra de sabedoria; a outro, uma palavra de ciência, por esse mesmo Espírito; a outro, a fé, pelo mesmo Espírito; a outro, a graça de curar as doenças, no mesmo Espírito; a outro, o dom de milagres; a outro, a profecia; a outro, o discernimento dos espíritos; a outro, a variedade de línguas; a outro, por fim, a interpretação das línguas. Mas um e o mesmo Espírito distribui todos estes dons, repartindo a cada um como lhe apraz.”
(I Cor 12,7-11).
Nossa vocação é revelada através do Espírito Santo.
 E através dele que somos capacitados para seguir nossa missão, como construtores do reino de Deus.
 E quando descobrirmos o que Deus quer de nós, devemos agarrar a certeza que Ele vai dar sempre as graças necessárias para vivermos o estado de vida que Ele quer para nós.
 Então digamos como São Paulo: "Senhor que queres que eu faça?"

Primeira Comunhão!

Achei esta história bastante interessante e nos mostra claramente o amor que devemos ter a Jesus no Santíssimo Sacramento...

Dentes de Leite

Escrevia em 1915 um missionário: Uma orfãzinha do orfanato de Trichinopoli, que poderia ter dois palmos de altura, veio um dia suplicar-me que a admitisse à Primeira Comunhão.

-Que idade tens? Perguntei-lhe.
- Ah! Isso não sei!
Recolhida de lugar desconhecido, não pode saber quantos anos tem; nem as Irmãs o puderam descobrir.
- Mostra-me os dentes - disse.
Com um sorriso gracioso descobre a inocentinha duas filas de alvíssimos dentinhos.
- Oh! Exclamei; os teus dentes de leite dizem-me que não tens nem sete anos. Portanto, este ano não farás a Primeira Comunhão.

Meu Deus, quem o acreditaria? Tendo ouvido aquelas palavras, a menina, sem dizer a ninguém, corre ao quintal, toma uma pedra e, intrepidamente, faz saltar da boca todos os dentinhos. Depois, com a boca ensanguentada, mas com ar de Triunfo, volta e diz-me:

- Padre, eu não tenho mais nenhum dente de leite. Dai-me, oh! Dai-me Jesus! Eu o quero muito bem!...
Chorando de comoção - diz o missionário - tomei-a em meus braços e segredei-lhe ao ouvido:
- Filha, amanhã te darei Jesus.
- Sim, não podia deixar de atendê-la.

(Tesouro de Exemplos, página 37)