28 de jul. de 2011

Sinal particular da união com Jesus e Maria


Papa convida a usar o Escapulário

CASTEL GANDOLFO, segunda-feira, 18 de julho de 2011 – Bento XVI convidou, neste domingo, a usar o escapulário de Nossa Senhora do Carmo, como “um sinal particular da união com Jesus e Maria”.

O Pontífice recomendou, em polonês, que se use este objeto de tecido, de cor marrom, que se pendura no pescoço, no final do seu encontro com os peregrinos por ocasião do Ângelus.

Não parece coincidência que o Santo Padre tenha dito estas palavras em polonês, pois João Paulo II usava o escapulário desde a sua juventude e via nele um símbolo de “defesa nos perigos, selo de paz e sinal do auxílio de Maria”.

As palavras de Bento XVI ressoavam um dia depois da celebração da memória de Nossa Senhora do Carmo, que recorda este gesto de devoção.

“O escapulário é um sinal particular da união com Jesus e Maria – disse. Para aqueles que o usam, constitui um sinal do abandono filial na proteção da Virgem Imaculada. Em nossa batalha contra o mal, que Maria, nossa Mãe, nos cubra com seu manto”, concluiu.

(Fonte: http://www.zenit.org/article-28492?l=portuguese)

24 de jul. de 2011


" Olha pra ti, não precisas de espelho
Mas olha dentro do teu coração
Aceita a Jesus Cristo
E tudo terás em tuas mãos. "

- Adriana

23 de jul. de 2011

Site da Ordem Terceira do Carmo, de Campos dos Goytacazes




Durante o Solene Novenário de Nossa Senhora do Carmo deste ano, a Venerável Ordem Terceira do Carmo lançou seu novo site: www.soucarmelita.com.br.

O site está muito bem organizado: Fotos, downloads de livros, notícias... Vale a pena conferir!

22 de jul. de 2011



Professor:
- Eu vou provar para vocês, que se Deus existe, então ele é mal. Deus criou tudo que existe? Se Deus criou tudo, então Ele criou o mal. O que significa que Deus é mal.
Aluno:
- Com licença, professor... O frio existe?
Professor:
- Que tipo de pergunta é essa? Claro que ele existe. Você nunca ficou com frio?
Aluno:
- Na verdade senhor, o frio não existe. De acordo com as leis da física, o que nós consideramos frio é na verdade ausência de calor. Professor, a escuridão existe?
Professor:
- Claro que existe.
Aluno:
- Você está errado senhor, a escuridão também não existe. A escuridão é na realidade ausência de luz. A luz nós podemos estudar, mas não a escuridão. O mal não existe. É a mesma coisa da escuridão e do frio. Deus não criou o mal. O mal é o resultado do que acontece quando o homem não tem o amor de Deus presente em seu coração.

(Albert Einstein) 

O jovem diante do sofrimento.


Cercada de anúncios e outdoors por todos os lados, a juventude de hoje acostuma-se a, cada vez mais, ser a principal vítima e fonte de lucro da mídia e da publicidade. 
Nessa dependência, vêem-se forçados, sob pena de serem excluídos dos grupos, a aceitá-las e abrem mão dos valores que deveriam nortear as suas vidas. 
Valores esses que lhes permitiriam viver, de maneira autêntica, alicerçados de uma personalidade e inspirados por uma sincera liberdade.
Afastam-se de Deus e da missão que Ele lhes confia por uma felicidade momentanea. 
As pessoas tem um medo incontrolável de abraçar as dores e as cruzes do cotidiano. Como lhes é ensinado que o sofrimento é prejudicial e deve ser evitado a todo custo, cria-se jovens imaturos e incapazes de amar.
Abraçar com fé a dor que é imposta pelos revezes da vida deve ser, para os jovens cristãos, sinal de desafio e profunda felicidade, pois é por meio dela que a personalidade vai se moldando de maneira bela e santa. E também é por ela que nós nos unimos cada vez mais a Deus. 
As provações, também são sinais de que Deus lembra de nós.
E isso deveria ser o motivo que basta pra sermos então, felizes!
O jovem de hoje, que vive perdido em busca do caminho verdadeiro da felicidade deve entender, então, que ela não se encontra somente no bem-estar pregado pelo consumismo e pela mídia, mas, principalmente, na sábia aceitação das provações, que é desafio e fonte de intensa riqueza espiritual. E que só assim cresceremos como seres humanos.

19 de jul. de 2011

Nossa Senhora do Monte Carmelo


Foi na madrugada do dia 16 de julho de 1251 que Nossa Senhora apareceu ao santo carmelita inglês, São Simão Stock, e entregou-lhe o miraculoso Escapulário do Carmo. São Simão Stock era, naquele tempo, Superior Geral da Ordem dos Carmelitas, e se encontrava em uma situação bastante aflita, pois sua Ordem passava por dificuldades muito sérias, sendo desprezada, perseguida e até ameaçada de extinção. Homem de uma fé viva, São Simão não cessava de implorar socorro à Santíssima Virgem, e pedia também um sinal sensível de que seria atendido. Comovida pelas súplicas angustiantes deste seu fervoroso filho, Nossa Senhora lhe trouxe do Céu o Santo Escapulário e dirigiu-lhe estas palavras:


"Recebe, filho diletíssimo, o Escapulário de tua Ordem, sinal de minha confraternidade, privilégio para ti e para todos os Carmelitas".

"Todos os que morrerem revestidos deste Escapulário não padecerão o fogo do inferno. É um sinal de salvação, refúgio nos perigos, aliança de paz e pacto para sempre".


A partir dessa misericordiosa intervenção da Mãe de Deus, a Ordem carmelita refloresceu em todo o mundo! E o Escapulário passou a percorrer sua milagrosa trajetória, como sinal de aliança de Nossa Senhora com os Carmelitas e com toda a humanidade.

Setenta anos mais tarde, Nossa Senhora apareceu ao Papa João XXII e lhe fez nova promessa, considerada como complemento da primeira:


"Eu, como terna Mãe dos Carmelitas, descerei ao purgatório no primeiro sábado depois de sua morte e os livrarei e os conduzirei ao Monte Santo da vida eterna."


Essa segunda promessa de Nossa Senhora deu origem à célebre Bula Sabatina do Papa João XXII, publicada em 03 de março de 1322, confirmada posteriormente por vários Sumos Pontífices como Alexandre V, Clemente VII e Paulo III. De início, o Escapulário era de usa exclusivo dos religiosos Carmelitas. Mais tarde, a Igreja, querendo estender os privilégios e benefícios espirituais desse uso a todos os católicos, simplificou seu tamanho e autorizou que sua recepção ficasse ao alcance de todos.


PRIVILÉGIOS DO ESCAPULÁRIO


"Não, não basta dizer que o Escapulário é um sinal de salvação. Eu sustento que não há outro que faça nossa predestinação tão certa..."

(São Cláudio de la Colombière, S.J.)


1. É um sinal de aliança com Nossa Senhora. Por seu uso, exprimimos nossa consagração a Ela;

2. É um sinal de salvação. Quem morrer com ele não padecerá o fogo do inferno;

3. A Santíssima Virgem livrará do purgatório, no primeiro sábado depois da morte, todos os que o portarem;

4. É um sinal de proteção em todos os perigos.


CONSAGRAÇÃO A NOSSA SENHORA


O Escapulário do Carmo, enquanto dádiva da Santíssima Virgem, é símbolo de uma consagração.

Foi a própria Mãe de Deus que aludiu a essa consagração, quando disse a São Simão Stock, na gloriosa madrugada de 16 de julho de 1251:


"...é um pacto de paz e amizade que faço contigo e todos os carmelitas...".


É como se dissesse: quero que este pacto que faço convosco, fundamentado em eterna amizade,seja expresso pelo meu Escapulário, como símbolo da consagração que fazeis a mim ao recebê-lo.



Rezemos com São Simão Stock:


“Flor do Carmelo,
Videira florida,
Esplendor do Céu,
Virgem Mãe singular.
Mãe doce e benigna,
mas sempre Virgem,
aos carmelitas,
sê tu propícia.
Estrela do mar."


22 de jun. de 2011

Um pouco da história da Festa de Corpus Christi


As origens remotas da festa de Corpus Christi encontram-se no desenvolvimento do culto da Eucaristia durante a Idade Média. As disputas doutrinárias entre Pascasio Radbertus († 865) e Ratramno de Corbie († 868), e especialmente entre Berengário de Tours († 1088) e Lanfranco de Pavia († 1089), levaram a um esclarecimento da doutrina da Presença Real de Cristo no Sacramento e, portanto, um culto mais sincero e difuso da Eucaristia.


No século XIII, manifesta-se um movimento mais amplo de devoção eucarística entre as pessoas e também entre os teólogos, com um forte contributo da nova ordem franciscana. O IV Concílio de Latrão (1215), afirmando a doutrina da Igreja com a fórmula da transubstanciação do pão e do vinho no Corpo e Sangue de Cristo, levou ao desenvolvimento do culto eucarístico. O próprio Concílio prescrevia a obrigação da comunhão pascal anual e da reserva da Eucaristia em um local seguro. E na liturgia dissemina-se a prática de elevar a hóstia e o cálice durante a Missa pelo desejo dos fiéis de ver e de adorar as espécies consagradas.


A solene celebração de Corpus Christi, tal como a conhecemos hoje, é devido à inspiração da religiosa flamenga Santa Juliana de Cornillon (1191-1258). A festa, instituída na diocese de Liège, na Bélgica atual, em 1246 e espalhou-se rapidamente, graças aos esforços do flamengo James Pantaleone de Troyes, mais tarde eleito Papa Urbano IV (1261-1264). Ele incluiu a festa no calendário litúrgico com a bula Transiturus de hoc mundo, 11 de agosto, 1264. No entanto, devido a diferentes eventos, será celebrada em toda a Igreja somente após o Concílio de Viena (1311-1312).


De acordo com a vida de Santa Juliana, o próprio Cristo disse que o principal motivo para querer esta nova festa, era recordar a instituição do Sacramento do seu Corpo e Sangue de maneira particularmente solene, o que não era possível na Quinta-Feira Santa, quando o liturgia é marcada pelo lava-pés e pela Paixão do Senhor. Este festa seria um incentivo de fé e de graça para os cristãos a participar com mais atenção àquilo que vivem nos dias ordinários com menos devoção ou até mesmo com negligência.


A festa foi marcada para quinta-feira após a oitava de Pentecostes, a primeira quinta-feira após o Tempo Pascal, de acordo com o calendário litúrgico do usus antiquior. A festa é tão claramente ligada à Quinta-Feira Santa, e manifesta o seu caráter essencial: "Na festa de Corpus Christi, a Igreja revive o mistério da Quinta-Feira Santa à luz da Ressurreição".

19 de jun. de 2011

Oração à Santíssima Trindade composta pela Beata Elisabete da Trindade


Esta oração foi composta pela Beata Elisabete da Trindade, carmelita descalça, em 21 de novembro de 1904. É sem dúvida uma das mais belas e profundas orações dedicadas à Santíssima Trindade, sendo uma espécie de síntese de sua vida espiritual.

“Ó meu Deus, Trindade que adoro, ajudai-me a esquecer-me inteiramente para me estabelecer em Vós, imóvel e pacífica, como se minha alma já estivera na eternidade; que nada me possa perturbar a paz nem arrancar-me de Vós, ó meu Imutável, mas que cada minuto me transporte mais profundamente em Vosso Mistério!

Pacificai minha alma; fazei dela o Vosso Céu, Vossa morada querida e o lugar de Vosso repouso; que eu não Vos deixe jamais só; mas fique toda inteira Convosco, toda atenta em minha fé, em atitude de adoração e entregue inteiramente a Vossa ação criadora.

Ó meu Cristo amado, crucificado por amor, quanto desejaria ser uma esposa para Vosso coração; quanto desejaria cobrir-Vos de glória, quanto desejaria amar-Vos... Até morrer!... Mas sinto minha impotência e, por isso, peço-Vos revesti-me de Vós mesmo, identificai minha alma com todos os movimentos da Vossa. Submergi-me, penetrai-me, substitui-Vos a mim, a fim de que minha vida não seja senão uma irradiação da Vossa. Vinde a mim como Adorador, como Reparador, como Salvador.

Ó Verbo Eterno, Palavra de meu Deus, quero passar minha vida a escutar-Vos, quero ser inteiramente dócil, para aprender tudo de Vós; e depois, através de todas as noites, de todos os vácuos, de todas as impotências, quero ter sempre os olhos fitos em Vós e ficar sob Vossa grande Luz. Ó meu Astro querido, fascinai-me a fim de que eu não possa mais sair dos Vossos raios.

Ó fogo devorador, Espírito de Amor, vinde a mim para que em mim se opere uma como encarnação do Verbo; que eu seja para Ele uma humanidade de acréscimo na qual Ele renove o seu Mistério.

E Vós, ó Pai, inclinai-Vos sobre vossa pobre criatura, cobri-a com Vossa sombra, vede nela somente o Vosso Bem-Amado no qual pusestes todas as vossas complacências.

Ó meus “Três”, meu Tudo, minha Beatitude, Solidão Infinita, Imensidade em que me perco, eu me entrego a Vós qual uma presa, sepultai-Vos em mim, para que eu me sepulte em Vós, na esperança de ir contemplar em Vossa Luz o abismo de Vossa grandeza.”

18 de jun. de 2011

Santíssima Trindade


Terminado o tempo pascal somos imergidos no tempo cotidiano, chamado de tempo comum, em que a Mãe Igreja nos apresenta a Santíssima Trindade que é Deus, Pai, Filho e Espírito Santo. Permitamos que chegue até nosso coração uma mensagem clara: Deus é amor. E não é outra coisa. Pai, Filho, Espírito Santo – é relação de amor entre eles. E nesse amor vivem na mais perfeita unidade que se possa imaginar. Tanto que são um só Deus.

E, além disso, esse amor se volta para nós. “Em Jesus nos é revelado o amor do Pai e o Espírito Santo nos ajuda a reconhecê-lo com nossa mente e nosso coração”, sempre presente: somos amados por Deus.

O Evangelho de João nos fala: “De tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu único Filho”. Isto é, entregou-se a si mesmo. Entregou-se completamente por nós. Sem medida. Sem condições.

Como é possível que haja alguém que ainda pense que Deus nos persegue para nos castigar, para colocar dificuldades e pedras no nosso caminho, até mesmo para nos condenar? “É preciso repetir muitas vezes essa passagem: De tal modo Deus amou o mundo...” E permitir que chegue dentro de nós esse carinho imenso de Deus e dar-nos conta da incongruência que supõe pensar que Deus possa planejar nossa condenação, ou que possa ter pensado na destruição deste mundo e de muitos de seus filhos. Deus quer que o mundo se salve.

Mas nós nos deixamos salvar? Porque é igualmente verdade o que diz a primeira leitura do livro do Êxodo: somos um povo de cabeça dura que, às vezes, não é capaz de aceitar a mão que Deus nos estende para nos salvar. Voltemos nossos olhos para o alto e reconheçamos que Deus está aí, sempre desejoso de nos dar a mão, de nos ajudar, de nos livrar dos perigos, de nos perdoar (geralmente, é muito difícil perdoarmos a nós próprios e, por isso, nos custa, de igual maneira, aceitar a ajuda de Deus). Levantemos os olhos e percebamos que o Deus do amor e da paz Está conosco. Agradeçamos a Ele a sua presença, a sua bênção e a sua graça, a ponto de oferecer-nos a salvação, por meio de Seu Filho, ao qual somos atraídos pela força de Seu Espírito. É isto que nos fará bem e nos levará a conquistar a felicidade plena.

+ Eurico dos Santos Veloso
Arcebispo Emérito de Juiz de Fora (MG)

11 de jun. de 2011

Como uma bela pomba branca...


«Como uma bela pomba branca que sai do meio das águas e vem sacudir as suas asas sobre a terra, o Espírito Santo sai do oceano infinito das perfeições divinas e vem bater asas sobre as almas puras, para verter nelas o bálsamo do amor.

Sem o Espírito Santo, somos semelhantes a uma pedra no caminho. Pegai numa mão uma esponja impregnada de água e na outra, uma pedrinha; apertai-as da mesma forma; nada sairá da pedrinha e da esponja sairá água em abundância. A esponja, é a alma cheia do Espírito Santo, e a pedrinha, é o coração frio e duro onde o Espírito Santo não habita.

É o Espírito Santo que forma os pensamentos no coração dos justos e que gera palavras nas suas bocas. Aqueles que possuem o Espírito Santo não produzem nada de mau; todos os frutos do Espírito Santo são bons… Quando o Espírito Santo está em nós, o coração dilata-se, mergulha no Amor divino.

Dever-se-ia dizer cada manhã: Meu Deus, enviai-me o vosso Espírito, que Ele me revele o que sou e quem sois’.»

Fonte: São João Maria Vianney, o Santo Cura d'Ars.

1 de jun. de 2011

Milagres de Santo Antônio - "O Dote"

Vivia em Nápoles uma viúva que tinha uma filha de grande beleza, mas extremamente pobre, e não podia casá-la por falta de dinheiro para o dote.

Eram pessoas de boa origem, mas não tinham como viver decentemente.

A mãe, oprimida pela pobreza e desejosa de recuperar o prestígio social, determinou prostituir a filha e fez a esta a seguinte proposta infame: “Menina, nada desonra tanto no mundo como a pobreza. De que nos servem nossos títulos de nobreza se nossa indigência nos sujeita ao desprezo da sociedade? Só a tua beleza nos pode livrar. Vai entregar-te aos rapazes ricos que te galanteiam, porque não há outro remédio”.

A pobre moça, que era de bom caráter, ficou estupefata diante do que a desavergonhada mãe lhe dizia.

Começou a invocar Santo Antônio com fé e confiança. Uma tarde, quando entrou no convento de São Lourenço, onde se venera uma imagem milagrosa do Santo, ajoelhou-se e, em lágrimas, suplicou: “Meu bom Santo Antônio, eu de nenhum modo quero perder a pérola da virgindade com ofensa a Deus. É minha desalmada mãe que me arrasta para o caminho da perdição e da desonra. Socorrei-me! Coloco-me sob vossa proteção, ó puríssimo defensor da virtude da castidade”.

Mal acabara de formular essa prece quando o Santo lhe estendeu o braço e lhe entregou um papel, dizendo: “Vai à casa do Sr. X e entrega-lhe este bilhete”. Tratava-se de um rico negociante, muito conhecido na cidade.

O bilhete continha estas palavras: “Dareis à mulher que vos apresentar este papel, para o seu dote, o peso deste mesmo papel em moedas de prata. Saudações. Santo Antônio”.

A jovem, cheia de esperança e reconhecimento, correu a entregar o bilhete de Santo Antônio ao rico negociante. Este se pôs a zombar dela, dizendo: “Só o peso desta folhinha de papel?! Por certo vosso noivo se contenta com bem pouco. Vamos já satisfazê-lo”.

E colocou o papel num dos pratos da balança, pondo no outro uma pequenina moeda de prata, certo de que já pesaria mais do que o papel. Como o outro prato nem se moveu, colocou uma segunda moeda, e mais outra, e mais outra...

Para sua grande confusão, somente quando tinha colocado 400 escudos de prata a balança se equilibrou.

Foi nesse momento que o negociante se recordou de que havia outrora prometido a Santo Antônio dar-lhe 400 escudos de prata, e nunca havia cumprido a promessa. O Santo viera fazer a cobrança daquele modo maravilhoso.

A feliz jovem pode então casar-se honestamente, de acordo com a sua condição social.

Fonte: Vida e milagres de Santo Antônio - Pe. Fernando Tomás de Brito. 3ª. Edição. São Paulo: Artpress, 2007, p.92-94.

31 de mai. de 2011

Nossa Senhora, rogai por nós


Desde os primeiros séculos da Igreja católica, elevou o povo cristão orações e cânticos de louvor e de devoção à Rainha do céu tanto nos momentos de alegria, como sobretudo quando se via ameaçado por graves perigos; e nunca foi frustrada a esperança posta na Mãe do Rei divino, Jesus Cristo, nem se enfraqueceu a fé, que nos ensina reinar com materno coração no universo inteiro a Virgem Maria, Mãe de Deus, assim como está coroada de glória na bem-aventurança celeste.


Pio XII, Carta Encíclica Ad Caeli Reginam
sobre a realeza de Maria e a instituição de sua Festa

24 de mai. de 2011

Maria, Auxílio dos Cristãos...

De incomparável beleza é a imagem da
Virgem Auxiliadora, rodeada pelos Anjos,
pelos Apóstolos e Evangelistas!

Do Belíssimo Quadro, Dom Bosco descreve:

"A Virgem domina num mar de luz e majestade. Está rodeada de uma multidão de Anjos que a homenageiam como rainha. Na mão direita segura o cetro, que é símbolo do seu poder; Na mão esquerda segura o Menino que tem os braços abertos, oferecendo assim as suas graças e a sua misericórdia a quem recorre à sua augusta Mãe. À volta e em baixo estão os santos Apóstolos e os Evangelistas. Eles, transportados por um doce êxtase, quase exclamam: Regina Apostolorum, ora pro nobis. Olham atônitos a Virgem Maria. No fundo da pintura está a cidade de Turim, com o santuário de Valdocco em primeiro plano e com o de Superga ao fundo. Aquilo que tem maior valor no quadro é a idéia religiosa, que gera uma devota impressão em quem o olha".


Dos escritos de São João Bosco, retiramos algumas passagens para ilustrar o seu amor por Maria Santíssima:

“Recomendai constantemente a devoção a Nossa Senhora Auxiliadora e a Jesus Sacramentado”.

“Sê devoto de Maria Santíssima e serás certamente feliz”.

“Devoção e recurso frequente a Maria Santíssima. Jamais se ouviu dizer no mundo que alguém tenha recorrido com confiança a essa mãe celeste sem que não tenha sido prontamente atendido”.

“Diante de Deus declaro: basta que um jovem entre numa casa salesiana para que a Virgem Santíssima o tome imediatamente debaixo de sua especial proteção”.

Dom Bosco confiou à Família Salesiana a propagação dessa devoção, que é, ao mesmo tempo, devoção à Mãe de Deus, à Igreja e ao Papa.

Maria Auxílio dos Cristão, Rogai por nós!

Um pouco sobre a vida da Beata Irmã Dulce




Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes nasceu em 26 de maio de 1914, segunda filha de Augusto Lopes Pontes e Dulce Maria de Souza Brito Lopes Pontes. Seu pai era cirurgião dentista e professor da Faculdade de Odontologia. Maria Rita teve quatro irmãos: Augusto, Dulce, Aloísio e Geraldo. Em junho de 1921 sua mãe morreu aos 26 anos, após o nascimento da sexta filha, Regina, que também não resistiria.

Aos 13 anos a pequena Maria Rita já havia transformado a casa da família em um centro de atendimento de pessoas carentes, e assim nasceu a sua vocação religiosa. Após visitar regiões onde moravam pessoas muito pobres, onde havia ido em companhia de uma tia, manifestou pela primeira vez o desejo de se fazer religiosa. Sua família a apoiava totalmente nesse seu desejo de ajudar os mais necessitados, não só pelo exemplo do pai, considerado o inspirador de seu trabalho social, mas também pela ajuda direta de sua irmã Dulcinha.

Em 1929 ingressou na Escola Normal da Bahia.

Entrou para a Ordem Franciscana Secular, graças à orientação de seu diretor espiritual, Frei Hildebrando Kruthaup, ofm. Ingressou em 1929 e fez a vestição no dia 25 de dezembro de 1932. Em 15 de janeiro fez a profissão como terceira, e recebeu o nome de irmã Lúcia.

Formou-se professora em 9 de dezembro de 1932, e já no ano seguinte entrou para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus. Fez o seu noviciado em São Cristóvão, Sergipe, e em 15 de agosto de 1934 fez seus primeiros votos, e recebeu o nome de Irmã Dulce, uma homenagem à sua mãe.

Já em setembro ela volta a Salvador, participando da abertura do Hospital Espanhol. Ali se dedica como enfermeira, sacristã, porteira e responsável pelo raio-X. Em 1935 passa a lecionar no Colégio Santa Bernadete, mas também começa a trabalhar com os operários da Península de Itapagipe. Também nessa época cria um posto médico para atendimento da comunidade carente nos Alagados. A imprensa passou a chamá-la de Anjo dos Alagados.

Em 1936 fundou, junto com seu antigo diretor espiritual, Frei Hildebrando Kauthrupp, a União Operária São Francisco, que foi a primeira organização operária católica da Bahia, que mudaria seu nome no ano seguinte para Círculo Operário da Bahia. Para a manutenção deste ajudou na construção de três cinemas, construídos com doações: os Cines Roma, Plataforma e São Caetano.

Pensando na educação dos operários e seus filhos, inaugurou em 1939 o Colégio Santo Antônio, no bairro da Massaranduba. Lá estudavam 300 crianças durante o dia e 300 adultos à noite.

Foi nesse ano que invadiu cinco casas na Ilha dos Ratos para acomodar os doentes que recolhia nas ruas. Sendo expulsa, levou seus doentes de um lugar para outro, peregrinando por cerca de uma década. Em 1941 Irmã Dulce concluiu o curso de oficial de farmácia. Finalmente, em 1949 instalou seus doentes no galinheiro do Convento Santo Antônio, fundado dois anos antes por Irmã Dulce. Deste improvisado albergue, com 70 doentes, nasceria o Hospital Santo Antônio.

Em 1950 inicia o atendimento aos presos da cadeia Coréia.

Em 26 de maio de 1959 foi fundada a Associação Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), e no ano seguinte foi inaugurado o Albergue Santo Antônio, com 150 leitos. Vinte e quatro anos mais tarde seria inaugurado o novo hospital, agora com 400 leitos.

O Hospital Santo Antônio está no centro de uma complexa organização reconhecida como modelo nacional de assistência social, médica e educacional. Atua também nas áreas de ensino e pesquisa. A OSID, Obras Sociais Irmã Dulce, é considerada uma das instituições filantrópicas mais importantes do mundo, com mais de 2300 colaboradores e 600 voluntários no Brasil e no exterior. Atende mais de 1 milhão de pessoas por ano.

Trata-se de uma obra construída pela fé. Irmã Dulce dizia, e fazia valer ao pé da letra: “Quando nenhum hospital quiser aceitar mais algum paciente, nós aceitaremos. Esta é a última porta e, por isso, eu não posso fechá-la”. Atender bem e de graça norteiam o trabalho dessa instituição, cuja eficiência e qualidade já mereceu inúmeros prêmios nacionais e internacionais.

Esse portento foi construído com a ajuda de muitos, e como era de se esperar, com a força de uma gigante, batendo de porta em porta pelas ruas de Salvador, nos mercados, feiras livres ou nos gabinetes de governadores, prefeitos, secretários, presidentes da República. Administradora extremamente capaz, cuidava de tudo pessoalmente, com caridade heróica.

Irmã Dulce levava uma vida espartana. Os momentos de folga eram raros. Não lia jornais nem via televisão. Quase não comia. Três vezes por semana, fazia jejum. As poucas refeições se resumiam a um montinho de arroz e legumes colocados num prato de sobremesa ou num pires de café. Carne, doce e refrigerante não constavam de seu cardápio. Com tantos doentes e famintos esperando por sua caridade, Irmã Dulce também quase não dormia. Eram no máximo quatro horas de sono por noite, sentada numa cadeira de madeira maciça. Começou a dormir ali para pagar uma promessa e usou a espreguiçadeira por 30 anos, até ser proibida pelo médico.

Tinha uma saúde frágil, pois viveu os seus últimos trinta anos com a saúde abalada seriamente, respirando com apenas um terço da sua capacidade pulmonar!

“Quando os médicos perguntavam se havia passado bem a noite, respondia: "Passei na boate." Aí explicava: "boate" era como chamava o tubo de oxigênio que ajudava a mantê-la viva. Os sacrifícios eram proporcionais à felicidade”.

Irmã Dulce fundou, em 17 de janeiro de 1984, as Filhas de Maria Servas dos Pobres, uma associação pública de fiéis de direito diocesano, com estatutos aprovados pelo arcebispo de Salvador, com o objetivo de continuar a sua obra na OSID após a sua morte.

Em 1988, ela foi indicada pelo então presidente da República, José Sarney, com o apoio da Rainha Sílvia, da Suécia, para o Prêmio Nobel da Paz. Oito anos antes, no dia 7 de julho de 1980, Irmã Dulce esteve com o Papa João Paulo II, na sua primeira visita ao país, e recebeu dele o incentivo para prosseguir com a sua obra.

Os dois se encontrariam de novo em 20 de outubro de 1991, na segunda visita de João Paulo II ao país. O papa fez questão de mudar sua agenda e foi ao Convento Santo Antônio visitar Irmã Dulce, muito debilitada, no seu leito de enferma.

Cinco meses depois da visita do Papa, aos 13 de março de 1992, Irmã Dulce morreria, aos 77 anos. No velório, na Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia, políticos, empresários, artistas, se misturavam a dor das milhares de pessoas simples, anônimas. Muitas delas, o povo simples e pobre, justamente para quem Irmã Dulce dedicou a sua vida.

22 de mai. de 2011

Beatificação de Irmã Dulce...


"Desejo também unir-me à alegria dos pastores e fiéis reunidos em Salvador para a beatificação da Irmã Dulce, que deixou sua marca de caridade ao serviço destes últimos, fazendo com que todo o Brasil visse nela 'a Mãe dos Desamparados'."

(S. S. Papa Bento XVI na oração do "Regina Coeli" deste domingo, 22/05/2011)

20 de mai. de 2011

Maria cuida de cada um de nós...


S. Boaventura anima os pecadores nestes termos: Que deves fazer, se por causa de teus pecados temes a vingança de Deus? Vai, recorre a Maria, que é a esperança dos pecadores. Estás, porém, receoso de que ela não queira tomar tua defesa? Pois então fica sabendo que é impossível uma tal repulsa; pois o próprio Deus encarregou-a de ser o refúgio dos pecadores.

É lícito a um pecador desesperar de sua salvação, quando a própria Mãe do Juiz se lhe oferece por mãe e advogada? Pergunta o Abade de Adão de Perseigne. E continua: Vós, ó Maria, que sois a Mãe da Misericórdia, recusaríeis interceder junto ao vosso Filho que é Juiz, por um filho vosso que é pecador? Em favor de uma alma recusaríeis falar ao redentor, que morreu na cruz para salvar os pecadores? Não; não podeis fazê-lo; pelo contrário, de coração vos empenhais por todos que vos envocam. Pois sabeis perfeitamente que aquele Senhor, que constituiu vosso Filho medianeiro de paz entre Deus e o homem, também vos constituiu a vós medianeira entre o juiz e o réu. Agradece, portanto, ao Senhor que te deu uma tão grande medianeira, exorta S. Bernardo. Por manchado de crimes, por envelhecido que sejais na iniquidade, não percas a confiança, ó pecador. Dá graças ao Senhor que em sua nímia misericórdia não só te deu o Filho por advogado, senão também para aumento de tua confiança te concedeu esta grande medianeira, cujos rogos tudo alcançam. Recorre, pois, a Maria e serás salvo.

EXEMPLO
Como narram os Anais da Companhia de Jesus, vivia em Bragança de Portugal um moço que era associado da Congregação Mariana. Infelizmente, deixou a congregação e levou uma vida muito perdida. Chegou ao ponto de um dia resolver-se a dar cabo da vida, atirando-se a um rio. Mas, antes de executar seu tenebroso plano, lembrou-se em boa hora de encomendar-se a Nossa Senhora. Disse-lhe: Outrora eu era mariano e levava uma vida piedosa. Ó Maria, ajudai-me também agora. Pareceu-lhe então ver Nossa Senhora e ouvir as palavras: Que vais fazer? Queres perder ao mesmo tempo a alma e o corpo? Vai, confessa-te e volta à Congregação Mariana. O moço caiu em si. Agradeceu à Santíssima Virgem a graça recebida e mudou de vida.

Fonte: Livro "Glórias de Maria Santíssima" de Santo Afonso de Ligório - páginas 172 e 173.

18 de mai. de 2011

Mês de Maio, Mês de Maria!


Era hábito na família de Santa Teresinha do Menino Jesus prestar-se, no mês de maio, festiva homenagem à Nossa Senhora, Maria Santíssima. Dona Zélia Martin arrumava o altar da Virgem na Sala e enfeitava a imagem de Maria Santíssima com flores e palmas. Dizem as crônicas que a pequena Teresa batia palmas de alegria quando via os galhos das palmeiras elevarem-se quase a tocar o teto. Desde cedo a pequenina manifestava seu amor filial à sua Mãe do Céu.

Devoção Católica

A devoção à Nossa Senhora, Maria Santíssima, é característica do verdadeira cristianismo, o Católico Romano. Devoção completa que envolve alma e corpo, razão e sentidos, como convém a criatura feita de espírito e matéria [...] manifestação do amor e veneração para com a Virgem Mãe de Deus, através de atos que falam a sensibilidade, é cunho singular do verdadeiro cristianismo.

O Sentimento na Piedade

Foi o que levou, um grande arcebispo a ponderar que a piedade pode estar no sentimento; jamais no sentimentalismo. O sentimento continuava o prelado, da suavidade à virtude, torna amável o serviço de Deus.

O que vale de toda devoção, aplica-se de modo especial ao culto mariano. Pois, é muito próprio do amor filial exteriorizar-se em sinais sensíveis de carinho e afeto. O mesmo vale, e em grau mais intenso, quando se trata da Mãe Celeste, a melhor das Mães a quem devemos a vida da Graça que, por sua interseção a possuímos.

Devoção Brasileira

Justo, pois, e altamente louvável a prática usual no Brasil de dar ao mês de maio um cunho sensivelmente festivo, através de ofertas de flores a Nossa Senhora e coroação de sua imagem.

Nas Igrejas, no mês de maio, é comum a procissão de crenças e donzelas que se dirigem a depositar flores aos pés da Virgem Mãe. Vão cantando:

"Neste mês de alegria

Tão lindo mês de flores!


Queremos de Maria


Celebrar os louvores.
"

No encerramento do mês, há a oferta do coração. Vão todos confiar seu bom propósito ao coração materno de Maria que os aprove e lhes dê eficácia.

Agradável à Nossa Senhora

Não há dúvida que é do agrado da Mãe Celeste semelhante maneira de externar-lhe nosso amor filial.

Vem-nos à memória o diálogo entre uma carmelita e uma pessoa que a visitava. Tinha esta o habito de rezar diariamente todo o Rosário. Interessada no bem espiritual de sua visitante, perguntou-lhe a monja:

- Você ainda reza o Rosário todos os dias?

- Sim, respondeu a outra. Muito mal, cheia de distrações, mas rezo.

- Não se impressiona retorquiu a freira. Nossa Senhora é Mãe, e agradece também os ramalhetes de flores de capim que, na nossa miséria lhe oferecemos.

Assim é. Nossa pobreza espiritual não poderá ter senão capim. Mas, Nossa Senhora agradece sempre. Desde que de nossa parte haja boa vontade isto é, desejo sincero de agradá-la. Que nisto está o amor.

Devoção Interna

Desejo sincero de agradá-la. Quer dizer, as alegrias externas devem provir da vontade decidida de nada fazer que entristeça o Coração materno de Maria Santíssima.

Fundamento da Devoção

Por isso mesmo, a devoção e Nossa Senhora é fruto da fé. Baseasse nos singulares privilégios com que a agraciou Deus Nosso Senhor e no papel e no papel único que lhe reservou na economia da salvação do Gênero humano.

Com efeito, Deus vinculou-a intimamente à obra de Jesus Cristo, fazendo-a Corredentora e Medianeira de todas as Graças.

Eis que fora da Igreja Católica, objetivamente não pode haver verdadeira devoção à Nossa Senhora. Pois, fora da Igreja, não se reconhecem ao menos, alguns dos privilégios da Mãe de Deus. Os anglicanos esquivam-se de lhe atribuir a perene virgindade; os ortodoxos fazem restrição à sua conceição imaculada; os protestantes, em geral, não aceitam seu papel de corredentora.

Não há devoção sem verdadeira fé

Objetivamente, pois, não podem ter verdadeira devoção `a Nossa Senhora. Renan enalteceu a Jesus cristo como o mais perfeito dos homens, mas é considerado blasfemo, porque lhe negou a aureola da divindade.

Analogicamente dá-se o mesmo com os que admiram em Maria Santíssima a mais excelente das mulheres, mas não lhe reconhecem os privilégios sobrenaturais com que Deus a adornou.

A boa fé dos não católicos

Dizemos de propósito, “objetivamente”, porque as coisas se passa de modo diferente com aqueles que, sem culpa própria, se acham fora do grêmio da Igreja de Jesus Cristo. Para estes que ainda mantém sincera devoção a Nossa Senhora, poderá a Virgem Maria obter a luz da Fé que os encaminhe a verdadeira Igreja de Cristo.

Pois, Nossa Senhora, é sensível a qualquer manifestação de amor por parte dos homens e como Medianeira de todas as graças, não deixará sem retribuição o culto que, com sinceridade e boa fé lhe prestem.

Fonte: Boletim Diocesano de maio de 1974 - Diocese de Campos.

9 de mai. de 2011

Bento XVI em Veneza: Não cedam às tentações do consumismo e do materialismo


Bento XVI presidiu a celebração eucarística no Parque São Juliano de Mestre, em Veneza, na manhã deste domingo, no âmbito de sua visita pastoral ao Nordeste da Itália. Participaram da missa trezentos mil fiéis.

Em sua homilia, o Papa comentou o episódio dos Discípulos de Emaús no Evangelho de São Lucas, "uma narração que jamais deixa de nos surpreender e de nos comover" – frisou o pontífice.

Este episódio mostra o que Jesus ressuscitado realiza no coração dos dois discípulos: "conversão do desespero à esperança; conversão da tristeza à alegria; e também conversão à vida comunitária. Por vezes, quando se fala de conversão, se pensa unicamente em seu aspecto fadigoso, de separação e renúncia. Ao invés, a conversão cristã é também e, sobretudo, fonte de alegria, de esperança e de amor" – disse ainda Bento XVI.

O Papa sublinhou que hoje "é necessário falar da esperança cristã ao homem moderno, oprimido, não raramente, pelos vastos e inquietantes problemas que colocam em crise os fundamentos de seu próprio ser e agir".

"Vocês vivem num contexto no qual o Cristianismo se apresenta como a fé que acompanhou, ao longo dos séculos, o caminho de tantos povos, inclusive através de perseguições e provações muito duras. São eloqüente expressão desta fé os múltiplos testemunhos disseminados em todos os lugares: as igrejas, as obras de arte, os hospitais, as bibliotecas, as escolas; o próprio ambiente de suas cidades, bem como os campos e as montanhas, todos marcados de referência a Cristo" – disse ainda Bento XVI.

"E, no entanto, hoje esse ser de Cristo corre o risco de esvaziar-se da sua verdade e dos seus conteúdos mais profundos corre o risco de reduzir-se a um cristianismo no qual a experiência de fé em Jesus crucificado e ressuscitado não ilumina o caminho da existência, como ouvimos a propósito dos discípulos de Emaús, que após a crucifixão de Jesus, voltavam para casa imersos na dúvida, na tristeza e na desilusão" – sublinhou ainda o pontífice.

Bento XVI frisou a necessidade de deixar-se instruir por Jesus, como aconteceu com os dois Discípulos de Emaús, "de permanecer com Jesus que permaneceu conosco, assimilar o seu estilo de vida doada, escolher com ele a lógica da comunhão entre nós, da solidariedade e da partilha".

"Sei como foi e continua sendo grande o compromisso de vocês em defender os perenes valores da fé cristã. Encorajo-os a jamais cederem às costumeiras tentações da cultura hedonista e às evocações do consumismo materialista" – sublinhou o Papa.

Bento XVI invocou sobre todos os venezianos a celeste proteção da Virgem Maria, de São Pio X, do Beato João XXIII e do Venerável Giuseppe Toniolo, cuja beatificação está próxima. "Essas luminosas testemunhas do Evangelho são a maior riqueza desse território: sigam seus exemplos e ensinamentos, conjugando-os com as exigências atuais. Confiem: o Senhor ressuscitado caminha com vocês, ontem, hoje e sempre" – concluiu o Santo Padre.

8 de mai. de 2011

A busca de Deus é a busca da felicidade!

“A busca de Deus é a busca da felicidade. O encontro com Deus é a própria felicidade”.
- Santo Agostinho
Você quer ser feliz? Então busque a Deus. Sempre. 
 Nada neste mundo poderá dar o que você quer. Essa ânsia de liberdade, esse desejo de paz, essa busca pela felicidade, tudo isso só terá fim quando você se encontrar com Deus.
E você pode se encontrar com Deus ainda aqui na terra.
Dizendo seu sim a Ele. Aceitando seus ensinamentos e colocando-os em prática.
Pois, como já dizia Santa Teresa, só Deus basta!
  Só Deus é constante, não muda, é sempre o mesmo.
Só Ele poderá fazer você feliz.

1 de mai. de 2011

João Paulo II, Beato!



A seguir apresentamos um trecho da homilia de Bento XVI, durante a Beatificação de João Paulo II:

"Já naquele dia (o da morte de João Paulo II) sentíamos pairar o perfume da sua santidade, tendo o Povo de Deus manifestado de muitas maneiras a sua veneração por ele. Por isso, quis que a sua Causa de Beatificação pudesse, no devido respeito pelas normas da Igreja, prosseguir com discreta celeridade. E o dia esperado chegou! Chegou depressa, porque assim aprouve ao Senhor: João Paulo II é Beato!".

Esta beatificação se celebra no domingo da Divina Misericórdia, o segundo Domingo da Páscoa no qual ademais se celebra a São José Operário, e com o qual se começa o mês de maio, mês de Maria. "Todos estes elementos concorrem para enriquecer a nossa oração; servem-nos de ajuda, a nós que ainda peregrinamos no tempo e no espaço; no Céu, a festa entre os Anjos e os Santos é muito diferente! E todavia Deus é um só, e um só é Cristo Senhor que, como uma ponte, une a terra e o Céu, e neste momento sentimo-lo muito perto, sentimo-nos quase participantes da liturgia celeste".

"João Paulo II é beato por sua fé, forte e generosa, apostólica. E imediatamente recordamos outra bem-aventurança: "Feliz de ti, Simão, filho de Jonas, porque não foram a carne e o sangue que to revelaram, mas sim meu Pai que está nos Céus" (Mt 16, 17). O que é que o Pai celeste revelou a Simão? Que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus vivo. Por esta fé, Simão se torna "Pedro", rocha sobre a qual Jesus pode edificar a sua Igreja. “

“A bem-aventurança eterna de João Paulo II, que a Igreja tem a alegria de proclamar hoje, está inteiramente contida nestas palavras de Cristo: "Feliz de ti, Simão" e "felizes os que acreditam sem terem visto". É a bem-aventurança da fé, cujo dom também João Paulo II recebeu de Deus Pai para a edificação da Igreja de Cristo".


"Desde 1982, quando me chamou a Roma como Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, pude durante 23 anos permanecer junto dele crescendo sempre mais a minha veneração pela sua pessoa. O meu serviço foi sustentado pela sua profundidade espiritual, pela riqueza das suas intuições. Sempre me impressionou e edificou o exemplo da sua oração: entranhava-se no encontro com Deus, inclusive no meio das mais variadas incumbências do seu ministério. E, depois, impressionou-me o seu testemunho no sofrimento: pouco a pouco o Senhor foi-o despojando de tudo, mas permaneceu sempre uma "rocha", como Cristo o quis".

João Paulo II mostrou uma "humildade profunda, enraizada na união íntima com Cristo, permitiu-lhe continuar a guiar a Igreja e a dar ao mundo uma mensagem ainda mais eloquente, justamente no período em que as forças físicas definhavam. Assim, realizou de maneira extraordinária a vocação de todo o sacerdote e bispo: tornar-se um só com aquele Jesus que diariamente recebe e oferece na Eucaristia".

"Feliz és tu, amado Papa João Paulo II, porque acreditaste! Continua do Céu – nós te pedimos – a sustentar a fé do Povo de Deus. Amém

Domingo da Divina Misericórdia...

“O amor expulsa da alma o terror. Desde que amei o Senhor com todo o meu ser, com toda a força do meu coração, desapareceu o temor, e ainda que me falem de tudo sobre a Sua justiça, não O temo, porque vim a conhecê-Lo bem. Deus é amor e paz o Seu Espírito. Reconheço agora que os meus atos que decorreram do amor são mais perfeitos do que os atos que pratico por temor. Confiei em Deus e nada temo. Entreguei-me à Sua santa vontade; que faça comigo o que quiser, e eu O amarei da mesma maneira.”

(Diário de Santa Faustina, nº 589)

Através de um Decreto de 23.05.2000, da Sagrada “Congregação do Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos”, foi modificada a denominação do Segundo domingo de Páscoa para “Segundo Domingo de Páscoa ou Domingo da Divina Misericórdia”, com a aprovação do Papa João Paulo II (no dia de hoje proclamado pela santa Igreja Beato João Paulo II).

O motivo desta modificação, sem dúvida, está ligada às revelações de Jesus a Santa Faustina Kowalsca, polonesa beatificada e canonizada pelo Papa João Paulo II.

Neste Segundo domingo de Páscoa ou da Divina Misericórdia, é celebrada a Instituição do Sacramento da Penitência, ou Confissão, pelo próprio Jesus em sua aparição aos Apóstolos no dia (Domingo) da Ressurreição. O evangelista São João, testemunha ocular dos fatos narra:

“Na tarde do mesmo dia, que era o primeiro da semana, os discípulos tinham fechado as portas do lugar onde se achavam, por medo dos judeus. Jesus veio e pôs-se no meio deles. Disse-lhes ele: A paz esteja convosco! Dito isso, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos alegraram-se ao ver o Senhor. Disse-lhes outra vez: A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós. Depois dessas palavras, soprou sobre eles dizendo-lhes: Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos.” (Jo 20,19-23).

Infelizmente a maioria das pessoas quando lêem este trecho do Evangelho, ficam sensibilizadas com o episódio da narração da descrença de São Tome, que vem logo em seguida, e acabam às vezes se esquecendo do mais importante: a Instituição da Sagrada Confissão. Ora, Jesus tinha acabado de conquistar com sua gloriosa Paixão, Morte e Ressurreição, a vitória sobre o pecado e a morte, sobre o inferno e Satanás, e agora estava ansioso para distribuir através da Sua Igreja, por meio dos Seus Apóstolos, a copiosa Redenção conquistada com Sangue. Antes mesmo do dia de Pentecostes, Jesus já dá o Espírito Santo aos Apóstolos, para que desde aquele momento, sem perda de tempo, distribuíssem ao mundo o perdão dos pecados que Ele conquistou, como “o Cordeiro de Deus (Agnus Dei) que tira o pecado do mundo” (Jo 1, 29).

O Sacramento da Confissão é a aplicação imediata a cada cristão da copiosa Redenção que Jesus conquistou para toda a humanidade. É o momento em que o Seu Sagrado Coração se dilata de amor e misericórdia para com qualquer pecador arrependido que venha a Ele pedir perdão. No Sacramento o sacerdote nos perdoa “em Nome de Cristo” e pela autoridade que Ele conferiu somente à Igreja Católica.

A Igreja ensina que não há pecado, por mais grave que seja, que não possa ser perdoado na Confissão Sacramental, desde que o pecador esteja arrependido e se confesse com o propósito de abandonar o erro.

Por isso, neste Segundo Domingo de Páscoa, o da Divina Misericórdia, o Coração de Jesus, está mais aberto ainda, para acolher e perdoar os pecadores arrependidos. Não deixe para acertar as suas contas com Deus na eternidade, faça isso já, aqui e agora, é muito mais fácil, porque neste tempo a Misericórdia supera a Justiça.

Fonte: Professor Felipe Aquino