7 de mar. de 2011
Construir nossa vida na rocha firme, que é Deus
Neste domingo no Ângelus, o Papa Bento XVI assinalou que a Palavra de Deus é a rocha firme sobre a qual deve-se construir a própria vida.
O Papa refletiu sobre o Evangelho que conclui o Discurso da Montanha com a passagem da casa construída sobre a rocha, que é Cristo, e disse que "Jesus convida seus discípulos a escutar suas palavras e colocá-las em prática".
Citando logo o Concílio Vaticano II afirmou que "O Deus invisível no seu grande amor, fala com os homens como a amigos e se entretém com eles, e os convida a comunhão com Ele".“Nesta perspectiva, todo o homem parece ser o destinatário da Palavra de Deus, chamado a entrar neste diálogo de amor com uma livre resposta", afirmou.
"Jesus é a Palavra viva de Deus. Quando ensinava, as pessoas reconheciam em suas palavras a mesma autoridade divina, sentiam a proximidade do Senhor, o seu amor misericordioso, e louvavam a Deus.".
“Em todas as idades e todos os lugares, aqueles que têm a graça de conhecer Jesus, especialmente através da leitura dos Santos Evangelhos, permanecem fascinados, reconhecendo que em sua pregação, seus gestos, em sua Pessoa, se revela o verdadeiro rosto de Deus, e ao mesmo tempo nos revela a nós mesmos, faz-nos sentir a alegria de ser filhos do Pai do céu, indicando-nos a base sólida sobre a qual construir nossas vidas".
Bento XVI se referiu logo à atitude do homem diante de Deus, afirmando que "muitas vezes, o homem não constrói suas ações, sua existência, sua identidade, e prefere as areias das ideologias, do poder, do sucesso e do dinheiro, esperando encontrar estabilidade e a resposta para a busca incessante de felicidade e realização que carrega na própria alma".
"E nós, em que queremos construir a nossa vida? Quem pode responder verdadeiramente às inquietudes do nosso coração? Cristo é a rocha da nossa vida! Ele é a Palavra eterna e definitiva", acrescentou.
Finalmente o Papa exortou os presentes: "Caros irmãos, exorto-vos a darem espaço, todos os dias, à Palavra de Deus, a se alimentarem dela, a meditá-la continuamente. É uma preciosa ajuda inclusive para defender-se de um ativismo superficial, que pode satisfazer o orgulho por um momento, mas que, no final, deixa vazios e insatisfações."
“Invocamos a ajuda da Virgem Maria, cuja existência foi marcada pela fidelidade à Palavra de Deus. A contemplamos na Anunciação, aos pés da Cruz, e agora, participante da glória de Cristo Ressuscitado. Como Ela, queremos renovar o nosso "sim" e confiar a Deus o nosso caminho”, concluiu o Pontífice.
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